The Dragon Prince foi um dos lançamentos do mês de setembro na Netflix, e a série animada dos mesmos criadores de Avatar: The last Airbender (A Lenda de Aang, no Brasil) foi uma grata surpresa para mim pois eu não esperava ficar tão envolvido na estória como eu fiquei nessa curta primeira parte de 9 episódios. E ter tão poucos episódios pode ser justamente o que mais prejudicou o saldo geral da série para alguns espectadores, pois ao mesmo tempo que você ama assistir aos episódios, 9 episódios de 20 minutos é muito pouco pra uma série com tanta coisa a dizer.

Logo no primeiro episódio fica obvio que assim como Avatar: The Last Airbender, The Dragon Prince é um primor de série no que se refere a sua criação de mundo/mitologia e mesmo tendo visto particularmente pouco, eu estou realmente ansioso para ver o restante do mundo criado por Aaron Ehasz. O mundo de The Dragon Prince é fascinante, especialmente pela diversidade étnica, racial e social e isso fica ainda mais evidente quando você conhece a General Amaya, a tia dos protagonistas e também uma mulher forte, general da guarda do exercito e muda.

Em The Dragon Prince, nós seguimos a jornada dos príncipes humanos Callum (Jack De Sena) e Ezran (Sasha Rojen) acompanhados da Elfa da Lua, Rayla (Paula Burrows) em uma nobre missão de devolver o ovo do Príncipe dos Dragões para sua mãe, ovo que havia sido roubado pelos humanos após matarem o Rei dos Dragões em guerra, o que desencadeou ainda mais o ódio entre as raças habitantes da terra mágica, Xadia, e os humanos.

Eu estou muito intrigado com a trama dessa série, mesmo que essa curta primeira temporada seja o suficiente para te fazer apaixonar-se por esse mundo e personagens, é difícil não ficar curioso quando te mostram algo tão extraordinário mas não se aprofundam em nada e isso não é uma reclamação, é perfeitamente compreensível mas ainda assim. Eu queria mais, sabe? Ainda não se tem noticias de como vai ser a periodicidade entre temporadas, que pode ser uma por ano ou até três por ano, como é o caso de Voltron: Legendary Defender.

Ainda que essa primeira parte da série sirva apenas como uma breve introdução, e isso explique o motivo de não termos visto nem metade do que esse universo tem a oferecer, não explica entretanto a falta de investimento na animação em si. Eu não sei se isso foi proposital por parte dos produtores, mas a animação de The Dragon Prince apesar te ter um art style LINDO, não flui muito bem. Eventualmente você acaba esquecendo, mas nos primeiros episódios os frames da animação ‘travando’ vão te incomodar bastante.

Essa é uma série que todo mundo que gosta de animações deveria ao menos dar uma chance, especialmente se você gosta das outras obras do Ehasz. Se você assistiu Avatar: A Lenda de Aang e Avatar: A Lenda de Korra, você vai gostar de O Príncipe Dragão, não por que vai ter muitas similaridades ou referencias, mas por que você já conhece e aprova a qualidade do trabalho de Aaron Ehasz. E se você não está familiarizado com as séries de Avatar, você também deveria ao menos ver os primeiros dois episódios, eu prometo que você não vai se arrepender.