Robbert Eggers tem uma carreira consolidada em fazer filmes com temáticas fortes e diferenciadas, o horror está muito presente só que com um tom que só ele sabe fazer, existem elementos singulares que tem uma assinatura própria do diretor. A Bruxa e O Farol são filmes diferentes que consegue envolver até mesmo quem não é fã do gênero.
Agora chegou O Homem do Norte, mais um filme co-escrito e dirigido por Eggers e aqui podemos ver toda sua bagagem de um diretor único e completo fazendo algo ainda mais além. Mesmo com uma premissa batida e nada inovadora, o filme de 2022 tem características únicas. Seguimos a vida de Amleth (Alexander Skarsgård) um viking com sequelas de assistir a morte de seu pai com muita sede de vingança.

O que sobressai esse filme de ser mais um filme sobre vingança é o jeito que ele é conduzido, é uma experiência cinematográfica inovadora e posso dizer que totalmente sensorial, podemos sentir todas as emoções dos personagens parecendo que estamos na pele deles, até a lama molhada de chuva conseguimos sentir, quase uma experiência em 4D. Talvez seja um filme escuro demais para alguns telespectadores, então talvez sua experiência pode ser afetada se for assistido em um televisor de casa, quando dizemos que existem filmes para serem assistidos ao cinema é desse tipo que estamos falando.
Se você está a procura de um filme com grande plot-twists esse é o seu tipo de filme, além de flertar com diversos gêneros ao mesmo tempo, existem características na história que nem nos seus maiores sonhos você iria acreditar que aquilo iria acontecer. Eggers está cada vez mais flertando com outros estilos de filme e isso apenas enriquece mais ainda sua obra.
O Homem do Norte é daqueles filmes épicos, atuações fantásticas, roteiro bem estruturado e com uma direção estupenda que falo com tranquilidade que será eleito um dos melhores do ano. Se tiver a oportunidade de assisti-lo no cinema. Robert Eggers nunca decepciona e falo com tranquilidade que ele é um dos maiores diretores de sua geração.