Criado em 2004, o game Monster Hunter virou um fenômeno mundial, sendo compatível com consoles, computadores e até mesmo smartphones. Este ano tivemos a adaptação cinematográfica do game, sendo dirigida por Paul W.S. Anderson (Resident Evil) e estrelada por Milla Jovovich, Tony Jaa, e Nanda Costa.
Diferente do que vimos em Resident Evil, dessa vez o diretor decidiu apostar em grandes efeitos especiais, monstros e algo “divertido”, mas em contrapartida, deixou de lado toda a profundidade do roteiro, o que resultou em um filme com ótimas cenas, mas que não se conectam.
Acompanhamos a Tenente Artemis (Milla Jovovich) e seu grupo do exercito americano sendo transportados por uma tempestade sobrenatural até um mundo pós-apocalíptico, onde é dominado por monstros gigantes. Com a ajuda de um habitante local (Tony Jaa), o grupo luta pela própria sobrevivência.
O longa não espera para apresentar os grandes monstros e seus trabalhos com computação gráfica, criando um breve vínculo com o espectador que gosta de games. A expectativa de um “chefão” e do aumento da habilidade dos oponentes também é algo perceptível.
Algo difícil de entender é porque o diretor decidiu apresentar os personagens e depois mata-los, o espectador não cria a mínima empatia, e acabou sendo apenas algo para ocupar tempo de tela, já que até mesmo Tony Jaa só volta a aparecer no terceiro ato, deixando quase 100% de tela sendo Milla Jovovich em uma tela verde.
Algo que o longa também peca muito é na montagem, onde se utiliza o recurso de vários cortes em uma mesma cena. A intenção era criar uma sensação de dinâmica, mas no final ficou parecendo uma edição mal feita no TikTok.
Ao fim de seus 103 minutos, Monster Hunter confirma ser apenas um emaranhado de cenas de luta que não levam para lugar nenhum. A estética será muito mais lembrada que o próprio roteiro.