Um dos maiores nomes do cinema argentino, Ricardo Darín é o protagonista de O Eternauta, nova série de ficção científica da Netflix. Em entrevista ao portal Omelete, o ator falou sobre a força da trama, que apesar de ambientada na Argentina dos anos 50, aborda temas que seguem atuais em qualquer parte do mundo. “O Eternauta é universal, nós vivenciamos as mesmas coisas”, afirmou.
Segundo ele, embora a história tenha raízes locais, o sentimento de medo coletivo e a necessidade de união diante do colapso são experiências com as quais todos podem se identificar. “Temos uma reação muito forte porque, de alguma forma, passamos por isso. Não com uma invasão alienígena, mas com algo que nos manteve dentro de casa e nos fez temer o invisível”, disse, fazendo referência à pandemia.
Uma história sobre resistência e solidariedade
Na produção da Netflix, Darín interpreta Juan Salvo, um homem comum que se torna líder de um grupo de sobreviventes em uma Buenos Aires devastada. Para o ator, o maior mérito da obra está em mostrar que a saída para situações extremas está no esforço coletivo.

“O mais bonito de tudo é que o personagem se salva com os outros, ao lado de outras pessoas. Ninguém se salva sozinho”, declarou ao Omelete. A fala reforça um dos pilares temáticos da história original de O Eternauta: a união frente ao colapso.
Experiência pessoal com a obra
Durante a conversa, Darín também revelou que não leu a graphic novel na juventude, mas sempre teve consciência de sua importância na cultura argentina. Só anos depois, com o convite para a série, mergulhou de fato na história. “Eu sabia que existia, claro, mas nunca tinha lido. Agora que li, entendi por que é tão reverenciada.”
O ator também comentou sobre a responsabilidade de dar vida a uma figura tão icônica e disse estar orgulhoso da produção, que, segundo ele, carrega uma mensagem poderosa e necessária.