REVIEW: Watch Dogs Legion

A cada dia que passa o universo dos games acaba fazendo mais parte das nossas vidas e Watch Dogs Legion chegou prometendo inovação e está cheio de novidades que vislumbram o olhar dos jogadores e fãs desta franquia da Ubisoft. Uma ambientação em Londres e ter a possibilidade de recrutar e controlar qualquer pessoa nas missões do Dedsec, sem dúvidas é o grande diferencial desta versão. Você ainda pode optar por jogar no modo “morte permanente“, perdendo seu agentes para sempre e fazendo com que a experiência do jogo se torne ainda mais real.

Jogamos e testamos o terceiro jogo da Ubisoft “Watch Dogs: Legion” e vamos seguir apontando as nossas considerações.

Londres levou 12 mil anos para ser construída e somente 1 noite para derrubá-la.

A cidade histórica agora está sem liberdade e arruinada, clamando por uma Salvação! Salve Londres e mude o futuro dela e de sua população. O famoso grupo hacker “DedSec” levou um grande golpe quando um grupo conhecido apenas como Zero-Day explodiu diversas bombas em uma Londres futurista e colocou a culpa neles, tornando-os alvos de eliminação. Por isso, é necessário montar uma boa equipe! Um grupo bem pensado e planejado será a chave do sucesso para entrar em lugares difíceis, conseguir limpar o nome do DedSec e aumentar a resistência em Londres! Cada personagem tem uma história pessoal, personalidade e habilidade exclusiva, então você vai se deparar com uma infinidade de possibilidades. Faça parte da resistência e ajude Londres que está passando por uma crise muito séria com vigilância do estado, exército privado e crime organizado. O futuro de Londres vai estar em suas mãos.

História

A história de hackers e uma cidade totalmente controlada esperando que uma revolução se forme parece interessante, porém, em alguns momentos a trama se torna ‘esquecível’. Não existem muitos pontos altos nas campanhas e por vezes tudo parece ser mais do mesmo, parecendo que a novidade e o vislumbre todo da história acaba logo nas primeiras horas do game. Além disso, não temos a presença de um personagem principal que cative ou gere uma empatia pela sua jornada do herói por parte do jogador, claro que aqui a ideia pode ser focar na cidade como protagonista da sua própria mudança.

Um grande destaque para a história vai sem dúvidas para grande estrela do jogo: Bagley. Um personagem de inteligência artificial que é excepcional e o mais cômico do jogo, que sempre tem um comentário bom ou uma ótima piada para fazer. 

A história poderia ser, sem dúvidas, um episódio de “Black Mirror” por toda a tecnologia e problemática que aborda e também pela enorme crítica social e política que traz, afinal de contas, tudo no jogo gira em torno disso.

Jogabilidade/Gameplay

A franquia foi ousada em realizar algumas mudanças em sua gameplay. Algumas delas com bastante êxito, mas outras nem tanto. Então, começamos com um novo sistema de combate corpo a corpo mais realista e uma ampla variedade de armas, habilidades e finalizações durante uma batalha que é personalizada para cada NPC. Se você estiver em um confronto e não usar força letal, o inimigo vai tentar dominar e prender você. Se atirar para matar, corre o risco de que matem seus personagens permanentemente, caso tenha escolhido a opção “morte permanente”.

No modo história do game, você visita lugares muito bonitos e bem feitos, que surpreendem muito por toda a questão estética. No jogo, vivemos em uma Londres futurista, então nada mais justo que ter acesso a carros muito bonitos e tecnológicos e equipamentos até então impensáveis em outros games da franquia. O uso de drones vai ser muito frequente, para entregar encomendas, vigiar a cidade e até mesmo eliminar um alvo. Não pense que é uma tarefa muito fácil se livrar de um drone que está perseguindo e atirando em você.

A dirigibilidade é mediana e bem parecida com Watch Dogs 2, alguns carros são excelentes para controlar enquanto outros são difíceis de aprender de primeira. Já as armas possuem um feito sonoro bem agradável e mais real.

Muito foi falado sobre possível bugs durante o game. E sim, o jogo apresenta alguns problemas, mas nada que estrague a experiência do jogador. Outro ponto negativo do jogo é que todos os lugares tem uma gameplay muito parecida em que parece não evoluir muito no decorrer do game. Chega uma hora que parece que você está fazendo a mesma sequência e isso pode acabar cansando, e também, trazer a sensação que já conhece a receita para realizar as missões.

Os gráficos estão muito bonitos, contando principalmente com uma modelagem perfeita na parte arquitetônica, Cyberpunk entre outros.

Mapa

Algo que está notoriamente muito impressionante é todo o mapa do game, seu cenário e a construção de Londres. Temos todos os pontos famosos como a Tower Bridge, London Eye, o parlamento e muito mais dentro do jogo. Além disso, percebemos que a Ubisoft obteve todo um cuidado bem específico para essa parte do game, e há diga que o jogo está bem fiel a Londres! Uma ótima forma de aproveitar o mundo aberto e também conhecer pontos da cidade, deixando tudo mais interessante. Na nossa opinião dentre todos os jogos da franquia este é o que mais convida o jogador a explorar a cidade e os diversos lugares que é possível conhecer durante o jogo.

Tudo o que na campanha, talvez deixe a desejar, o mundo aberto tenta compensar.  É interessante ver a cidade viva, observar os pontos turísticos, visitar os pubs e até tomar uma cerveja e ouvir as pessoas do jogo conversando sobre tudo.

 

Hackeamento

Você consegue hackear quase tudo que tem no jogo, claro, lembrando que muitas habilidades são personalizadas para cada jogador escolhido. Você precisa escolher um NPC correto para realizar com êxito a missão. O Drone de carga pode ter uma função bem interessante, te ajudar a sobrevoar todos os lugares altos de Londres “Alá duende verde’’, diria.

Infelizmente, sentimos falta de alguns hacks legais que foram removidos, como hackear os semáforos, blackout e conseguir chamar a polícia para um local ou até mesmo provocar um ataque de gangue em um determinado lugar, o que ajudava muito nas missões principalmente em Watch Dogs 2.

Mecanismo de Recrutamento

Uma novidade muito esperada, sem dúvida, é este novo mecanismo que abre espaço para uma infinidade de possibilidades de equipe. Ele basicamente permite que você recrute qualquer pessoa de Londres para o Dedsec, no entanto, este recrutamento tem um “preço”, você vai precisar realizar determinadas tarefas para a pessoa que desejar incluir no grupo, pois ela precisará ter confiança para entrar no grupo de hackers. Caso você falhe na missão, a pessoa passará a odiar o grupo e isso será um problema para aumentar o número da resistência.

Durante o jogo e nas missões você pode acabar perdendo o seu NPC, se eles forem capturados, presos ou mortos. Aqui, temos um detalhe importante, quando essas coisas acontecerem você precisará escolher outro membro da equipe para continuar jogando até que o anterior esteja disponível novamente, caso tenha optado jogar com “morte permanente”, você perde o seu personagem para sempre e caso perca todos os membros da equipe o jogo acaba.

O seu conjunto de armas e possibilidades vai depender do grupo que foi recrutado, se quer ter armas letais (metralhadora, pistola…) precisa recrutar um NPC que já vem com essas armas pesadas, não são todos que vem. É muito legal que se você recrutar alguém da Albion, por exemplo, você vai conseguir entrar e ter acesso a locais restritos por conta do uniforme, assim como um trabalhador da construção civil entrará mais facilmente em um canteiro de obras. Além disso, existem NPC’s para situações mais específicas como advogadas, médicos, um policial que lhe ajudará a libertar um personagem preso e um guarda real do palácio de Buckingham.

Curiosidade


Você pode encontrar na cidade pedestres com habilidades muito impressionantes como um hipnotizador de pessoas, que anda com abelha em volta, espiões com carros que soltam mísseis e ficam invisíveis.

Se você preza pelo fator veracidade em um jogo, pensará que nem todo mundo tem a habilidade de hackear as coisas, mas no game isso é possível pra todo mundo. Com tantos NPC’s é possível encontrar alguns problemas indesejados, como a repetição de personagens que tem a mesma cara, cabelo e também voz parecida. A dublagem não surpreendeu muito, mas é ótimo a Ubisoft pensar em deixar o game acessível para o público, porém encontramos inconsistências entre a dublagem e legenda, falas deslocadas e vozes não tão apropriadas para a personalidade de um determinado personagem.

O famoso Aiden Pearce, protagonista do primeiro Watch Dogs, terá participação no novo game em uma atualização disponível como DLC.

Vale a pena?

Watch Dogs Legion, é um jogo que merece ser jogado! O jogo evoluiu e traz um dos cenários mais lindos que você vai encontrar em um jogo de mundo aberto. Um jogo divertido e é interessante fazer missões para salvar a cidade de um sistema corrupto e conseguir criar uma resistência, que vai se espalhando, para mudar isso.

Quer viver essa experiência?  Compre o jogo e aproveite.

Trailer: