Nas últimas semanas, a internet ficou em alvoroço por causa do Nubbin Tech. Esse suposto chip cerebral permitiria reviver memórias, sonhar conscientemente e até escapar da realidade. A ideia parecia absurda, mas também extremamente atraente. Muitos acreditaram que era real. Mas tudo não passou de uma ação promocional da nova temporada de Black Mirror, que estreia no dia 10 de abril na Netflix.
O projeto envolvia a empresa fictícia TCKR Systems, já conhecida por aparecer em episódios icônicos da série. A equipe de divulgação criou um site com visual moderno, vídeos no TikTok e até um perfil no LinkedIn. Tudo parecia legítimo. O público caiu na armadilha. E era exatamente isso que a produção queria.
Nubbin Tech: uma ficção tecnológica que quase virou verdade
No site, frases como “A realidade é entediante. Está na hora de algo melhor” chamavam atenção. Além disso, outra mensagem reforçava a ideia com a frase: “É melhor aqui dentro.” Com isso, o Nubbin passava a impressão de ser a fuga perfeita para quem desejava escapar do mundo real. De acordo com a campanha, ele prometia criar uma consciência virtual alimentada pelas próprias lembranças. Por consequência, a experiência seria tão intensa que, comparado a ela, o mundo real pareceria sem graça.
Para reforçar a ilusão, alguns veículos receberam um e-mail vazado. A mensagem era endereçada ao criador da série, Charlie Brooker, e falava sobre o “lançamento do Nubbin”. Logo depois, um novo e-mail pediu para ignorar o anterior. Mas o estrago já estava feito. A internet reagiu com curiosidade e empolgação. Muita gente acreditou que o chip realmente existia ou que estava em fase de testes.
Essa campanha de marketing mexeu com a percepção do público. Ela reforçou os principais temas de Black Mirror, como a linha tênue entre tecnologia e realidade. O Nubbin aparecerá em episódios como Eulogy, Hotel Reverie e na continuação de USS Callister, um dos mais populares da série.
No fim, o Nubbin Tech não passa de ficção, pelo menos por enquanto. Ainda assim, a campanha deixou uma pergunta no ar: estamos prontos para conviver com tecnologias assim? Black Mirror mais uma vez mostra que a ficção pode estar muito perto do nosso futuro.
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