Exibido hoje na Temperatura Máxima, o filme Tempestade: Planeta em Fúria  mistura ação e ficção científica ao retratar um futuro em que a humanidade criou um sistema de satélites para controlar o clima e impedir catástrofes naturais. Mas afinal, essa premissa tem alguma base real? Seria possível uma tecnologia como essa existir?

Apesar do enredo ser fictício, a ideia de manipular o clima com tecnologia não é totalmente absurda. Há décadas, governos e cientistas estudam métodos de modificação climática, principalmente com fins agrícolas ou militares. No entanto, os sistemas mostrados no filme, com precisão global e controle total do clima, ainda estão longe da realidade científica atual.

Cena do filme Tempestade: Planeta em Fúria (Foto: Reprodução)

Satélites que controlam o clima: ficção ou realidade?

O conceito central do filme envolve uma rede de satélites chamada “Dutch Boy”, que seria capaz de interferir diretamente em furacões, enchentes, tempestades solares e ondas de calor. Embora isso soe como pura ficção, existem pesquisas reais em andamento que buscam influenciar o clima em menor escala.

Algumas tecnologias em estudo:

  • Geoengenharia climática: inclui propostas como o uso de partículas na atmosfera para refletir luz solar e reduzir o aquecimento global.
  • Semeadura de nuvens: técnica utilizada para estimular chuvas, especialmente em regiões áridas.
  • Satélites meteorológicos: embora não interfiram no clima, são fundamentais para monitorar e prever eventos extremos.

Nada disso, porém, chega perto da sofisticação ou do poder destrutivo retratado em Tempestade: Planeta em Fúria.

A inspiração por trás do filme

O diretor e roteirista Dean Devlin revelou que a ideia do filme surgiu de uma conversa com sua filha, preocupada com as mudanças climáticas. O objetivo era criar um alerta, mesmo em um tom de blockbuster, sobre os riscos da negligência ambiental e da dependência excessiva de tecnologia para resolver problemas criados pelo próprio ser humano.

Foto: Reprodução

Apesar das críticas ao roteiro, o filme provocou discussões importantes sobre a crise climática, uso de tecnologia em larga escala e até conspirações políticas globais, que ganham força quando misturadas à ficção científica.

Final explicado de Tempestade: Planeta em Fúria

No clímax do filme, descobrimos que Leonard Dekkom, Secretário de Estado, arquitetou um plano maligno para transformar o sistema “Dutch Boy” em uma arma climática chamada Project Zeus, visando eliminar a linha de sucessão presidencial e consolidar seu poder

Duncan Taylor, técnico na estação espacial ICSS, instala um vírus no sistema, que ativa falhas globais e inicia a sequência de autodestruição da estação. Trágicos eventos acontecem: o engenheiro Mahmoud Habib é ejetado no espaço e Cheng Long é assassinado na Terra para silenciar descobertas sobre o plano.

Foto: Reprodução

Enquanto isso, Jake (Gerard Butler) e Ute Fassbinder se mantêm na estação para reinicializar o sistema, eliminando o vírus e desativando o Geostorm — embora a estação ainda acione sua autodestruição. Jake e Ute conseguem escapar em um módulo satélite, sendo resgatados pelo colega Al Hernandez antes do colapso completo.

Seis meses depois, Jake retoma seu posto como engenheiro-chefe do sistema Dutch Boy, agora sob supervisão de um comitê internacional, simbolizando uma nova era de cooperação global

Embora Tempestade: Planeta em Fúria seja uma fantasia em termos tecnológicos, o desfecho lembra ao público que nenhuma tecnologia substitui a responsabilidade humana. E que, às vezes, o maior “herói climático” é o compromisso real com o planeta.

O filme está disponível para streaming no Prime Video.

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Estudante de jornalismo e apaixonado por cultura pop. Escrevo sobre séries, filmes e tudo que movimenta o entretenimento no Séries em Cena. E-mail: igor@seriesemcena.com.br