O episódio 5 da segunda temporada de The Last of Us, intitulado “Feel Her Love”, pegou os fãs de surpresa ao mostrar Joel vivo em uma cena intensa e carregada de emoção. Após quatro episódios focados nas consequências da morte brutal do personagem interpretado por Pedro Pascal, a sequência gerou confusão: Joel realmente sobreviveu? Ou tudo não passou de uma ilusão?
A cena em questão mostra Ellie acordando em Jackson e vendo Joel ao seu lado, como se os dois ainda estivessem compartilhando a rotina pacífica da comunidade. No entanto, a estrutura narrativa do episódio e o contexto emocional indicam outra direção.
Flashback, alucinação ou lembrança?
A sequência com Joel surge logo após Ellie torturar Nora no hospital da WLF, um dos momentos mais sombrios da série até aqui. O contraste entre o ato de violência e a cena serena em Jackson indica que o momento com Joel não é literal, mas sim simbólico — possivelmente uma lembrança reprimida ou um sonho.
The Last of Us frequentemente utiliza flashbacks para aprofundar os traumas dos personagens. No jogo original e em sua adaptação televisiva, Ellie carrega a dor da perda como um gatilho para sua jornada violenta. Mostrar Joel nesse ponto da história reforça esse conflito interno.
O papel de Joel na segunda temporada de The Last of Us
Embora a morte de Joel tenha ocorrido no início da temporada, a presença do personagem permanece central. A série constrói a degradação emocional de Ellie por meio de memórias, silêncios e impulsos de vingança. A cena em que Joel aparece reforça essa ligação afetiva, mostrando que sua influência ainda molda as decisões da protagonista.
Além disso, o uso de Pedro Pascal neste ponto da narrativa também atende a uma demanda emocional do público. O personagem é um dos mais queridos da série, e reaparecer, mesmo em memória, aumenta o impacto dramático e impulsiona discussões online — algo fundamental para a longevidade da série em ambientes digitais e algoritmos de descoberta.
A ilusão como ferramenta narrativa
Em termos de construção de roteiro, a escolha por trazer Joel de volta como lembrança ou ilusão não enfraquece sua morte, mas a fortalece. Essa técnica aprofunda a dor de Ellie, acentua o vazio deixado e destaca o custo psicológico da vingança.
A cena com Joel no episódio 5 de The Last of Us é um poderoso recurso narrativo, mas não representa uma reversão da trama. Joel morreu, sim, mas permanece vivo nas memórias, traumas e decisões de Ellie. E é exatamente essa dualidade entre luto e lembrança que torna a série tão impactante e emocionalmente complexa.
O sexto e penúltimo episódio da segunda temporada de The Last of Us promete explorar as memórias felizes de Ellie. Prepare-se para se emocionar.
