[ SINOPSE ] Baseado no aclamado best-seller do The New York Times de David Levithan, “Todo Dia” conta a história de Rhiannon, uma garota de 16 anos que se apaixona por uma alma misteriosa chamada “A” que habita um corpo diferente todos os dias. Sentindo uma conexão incomparável, Rhiannon e A trabalham todos os dias para encontrar um ao outro, sem saber o que ou quem o próximo dia irá reservar. Quanto mais os dois se apaixonam, mais as realidades de amar alguém que é uma pessoa diferente a cada 24 horas afeta eles, levando o casal a enfrentar a decisão mais difícil que eles já tiveram que tomar.

 

O filme, apesar de ter a premissa de mais um filme clichê de romance, consegue ser mais que isso. Um ser inconstante que acorda no corpo de outra pessoa todos os dia, se vê apaixonado por uma garota, e ambos terão que enfrentar as barreiras para viver seu amor. Essas barreiras incluem um dia ele acordar no corpo de uma garota que quer se suicidar, ou no corpo de um garoto extremamente religioso que diz ser possuído pelo Mal.

Apesar de ter momentos bem “água com açúcar”, o filme não foge do seu foco principal: até que ponto o amor pode superar obstáculos, como o porte físico da pessoa, ou a saúde mental do indivíduo? É fato de que tanto Rhiannon, como “A” sofreram com isso, digo, o filme tem um diferencial, apesar de não desenvolver seus personagens muito bem -até porque o filme não tem espaço para isso-, ele cumpre perfeitamente o seu papel, mostrando todos os dias como é possível amar uma pessoa apesar de suas diferenças e tudo mais.

 

A trilha sonora do filme não peca, na verdade, é bem boa, é calma, leve e deixa o expectador tranquilo, junto com momentos bem fofinhos vividos pelos protagonistas. Contudo, mesmo tendo um alívio cômico, e um ar muito relaxante, o filme tem partes muito tensas, como a vida de Rhiannon como um todo, sua irmã mais velha desleixada, uma mãe que sai de casa para trabalhar enquanto o pai fica cuidando da casa, sendo um artista excêntrico, e o namorado boçal e idiotizado. Além de personagens com uma carga bem pesada, onde “A” -por seus próprios princípios- não prefere de interferir na vida da pessoa onde ele acordou, mesmo que isso a leve a algo mais grave.

O fato é que, Todo dia, cumpre o seu papel muito bem, obrigado! E faz com que o expectador torça pelo final de Rhiannon e “A”, fazendo com que não importe o corpo que “A” esteja, o importante é que eles terminem juntos. Apesar de todos altos e baixos que Rhiannon tem com sua própria vida, ela se sente feliz com “A” e isso é o que o filme tenta passar para as pessoas que estão assistindo o filme. Creio eu, que a mensagem que o filme traz é que o amor não é algo físico, é muito mais que isso, é muito além do que conhecemos, e o quanto um amor verdadeiro pode nos fazer passar por coisas inacreditáveis só para estarmos perto da pessoa que amamos.

Todo Dia, com certeza é um filme que eu recomendo e muito, porque além dele fugir do enredo da mesmice, a construção do filme é muito boa, ele começa leve, tem um climax real e atual e termina de forma inesperada, e é isso que faz o diferencial.

 

O filme está em cartaz em todos os cinemas, e se eu fosse você, correria para assistir essa obra da 7ª arte.