A terceira temporada de The Flash chegou prometendo algo épico, mas quando finalmente chegou desapontou já no primeiro episódio jogando fora uma das maiores sagas da DC Comics, refiro-me ao Flashpoint (no Brasil conhecido como Ponto de Ignição), saga que aqui foi adaptada em apenas um episódio. O que mais “surpreende” em The Flash, é que mesmo após três temporadas a série continua apostando sempre nos mesmos plots, você já reparou? É sempre o Barry Allen (Grant Gustin) querendo mudar algo no seu passado, mas ao menos desta vez o que ele quer mudar no tempo é o seu futuro, ou melhor, o futuro de Iris West.

Atenção, spoilers da 3ª temporada de The Flash a seguir!

Não estou dizendo que a qualidade da série diminuiu monstruosamente, ou que ela está insuportável de se assistir, mas o fato é que você não consegue deixar de sentir que você já viu aquilo na temporada passada, é tudo muito repetitivo e as vezes sem muito sentido dentro do contexto. Essa temporada foca durante um tempo, nos problemas que o Flashpoint trouxe, e com isso a morte de Dante, irmão de Cisco (Carlos Valdés), e daí é criado um atrito desnecessário entre Cisco e Barry… Mas uma coisa que essa decisão conseguiu acertar em cheio foi a transformação de Caitlin Snow (Danielle Panabaker) em Killer Frost, que foi realizado na série com maestria.

Um dos pontos mais positivos dessa temporada, foi sem sombra de dúvida os seus crossovers com as outras séries do Arrowverse (Arrow, The Flash, Supergirl e DC’s Legends of Tomorrow), primeiro aquele super crossover de três episódios nos quais os heróis lutavam contra a ameaça extraterrestre dos Dominators (Dominadores), e depois um crossover musical com Supergirl em que os atros de Glee, Grant Gustin, Melissa Benoist e Darren Criss voltam a cantar juntos em um musical.

E também nos foi apresentado um novo grande vilão de The Flash, Savitar, um deus da velocidade (que mais tarde descobrimos que não é tão deus assim) que tem como propósito matar Iris West para punir Barry por telo prendido na Speedforce (Força de Aceleração no Brasil) no futuro, e a surpresa neste vilão é que ele é o próprio herói, bom… Uma versão dele. E é aqui que os problemas dessa temporada pioram ainda mais, além da mesmice durante vários episódios, a série nos trouxe um conceito interessante mas bem previsível, e a partir desse momento você começa a adivinhar tudo o que vai acontecer.

Então chegamos no final da temporada, onde supostamente Iris West (Candice Patton) deveria morrer e para não ter que mandar embora uma de suas mais valiosas personagens e sofrer por isso como aconteceu com Arrow, a série escolhe uma solução porca pegando um conceito que foi introduzido no inicio da temporada e distorcendo-o completamente. Sim, estou falando do dispositivo do H.R Wells (Tom Cavanagh) que inicialmente trocava apenas rostos e de repente começa a mudar um corpo inteiro, inclusive corpo de quem nem está com o tal dispositivo… Sério, gente? Esperemos que tenham uma história melhor para a próxima temporada, e que traga novidades pois estamos carentes disso.