Planeta dos Macacos: A Origem, exibido na Sessão da Tarde, termina com uma sequência silenciosa, porém extremamente poderosa. Após conduzir uma fuga ousada, César toma uma decisão que parece pequena mas carrega um peso imenso dentro da narrativa. A última cena diz muito sobre o personagem e o que está por vir.

Mais do que um filme sobre revolta animal, a trama é sobre consciência, identidade e liberdade. E o final funciona como um símbolo de ruptura: não se trata mais apenas de um chimpanzé com inteligência elevada, mas de alguém que compreendeu seu lugar no mundo e decidiu não mais aceitar as regras impostas pelos humanos.

O que significa o “não” de César

Um dos momentos mais icônicos do filme é quando César, pela primeira vez, fala. Seu grito de “Não!” não é apenas uma demonstração de inteligência: é um ato de resistência. Ele não está apenas recusando uma ordem está rejeitando toda uma estrutura de dominação.

Imagem do filme Planeta dos Macacos: A Origem
Planeta dos Macacos: A Origem foi o primeiro filme da nova franquia (foto: Reprodução)

Esse momento representa o nascimento da consciência crítica nos primatas. E quando César lidera os demais em direção à liberdade, ele deixa claro que a luta não é por vingança, mas por autonomia.

A escolha do final: liberdade acima da convivência

Quando Will tenta levar César de volta para casa, o macaco recusa. Ele entende que não pertence mais ao mundo dos humanos. É uma escolha emocional, mas também racional: ele sabe que sua espécie precisa trilhar um novo caminho. A despedida entre os dois é silenciosa, marcada pelo afeto, mas também pela separação inevitável entre espécies que agora caminham em direções diferentes.

Esse gesto final estabelece César como líder não apenas físico, mas moral de sua comunidade. A floresta onde ele se refugia se torna o primeiro passo para a criação de uma nova civilização.

O vírus e o início da queda humana em Planeta dos Macacos

Nos minutos finais, o filme insere uma cena sutil, mas crucial: o vírus ALZ-113, que aumentou a inteligência dos macacos, começa a se espalhar entre os humanos. Isso prepara o terreno para os acontecimentos dos filmes seguintes, em que a humanidade entra em declínio enquanto os primatas evoluem.

A revolução dos macacos não começa com guerra começa com um gesto de recusa, uma fuga, e um vírus silencioso. É essa construção que torna o final tão impactante e simbólico.

César não quer destruir a humanidade. Ele só quer libertar a sua. E é essa linha tênue entre resistência e revolução que faz de “A Origem” um capítulo tão importante dentro da franquia.