A Walt Disney Co. surpreendeu os economistas e empresários nos últimos dias ao divulgar um ganho de 14,4 milhões de assinaturas no streaming chefe da empresa, o Disney+, durante o último trimestre. Os profissionais esperavam ganho de 10 milhões sequenciais.
Com esse aumento, o Disney+ chegou a 152,1 milhões de assinantes e a empresa conta com 221,1 milhões de assinaturas em todo o mundo, incluindo Disney+, Disney+ Hotstar, Hulu e ESPN+. Já a Netflix conta com 220,7 milhões de assinantes globalmente.
A analise feita por Todd Spangler para a Variety mostra que a Netflix continua gerando mais receita que a Disney+. Spangler analisou os dados divulgados por meio da receita média por usuário, na qual mostra que o Disney+ gerou apenas 39% da receita gerada pela Netflix nos Estados Unidos. O Disney+ Hotstar (disponível na Índia e em outros países do Sudeste Asiático) também traz o mesmo resultado, mostra que a receita média por usuário é de US$1,20 por mês. Enquanto a Netflix chega a US$8,83 por mês na região Ásia-Pacífico.
Nos Estados Unidos e no Canada, o Disney+ fechou a média por usuário em US$6,27 por mês, queda de 5% com relação ao ano anterior. A Netflix teve um aumento de 10% chegando a US$15,95 por mês na mesma região. O aumento da Netflix pode ser resultado do aumento do valor da assinatura e a queda da Disney pela comercialização de pacotes de streaming e TV ao vivo.
Além disso, a forma de contabilidade de assinaturas da Disney é questionada pela Netflix, uma vez que assinantes de combo, por exemplo Disney+, Hulu e ESPN+, somam 3 assinaturas separadas. Porém a empresa não divulga o número desses assinantes duplicados.
Próximos passos
Agora a tendência é que a Disney+ assuma um papel em busca de sua lucratividade direta e aposte em uma estratégia de precificação mais competitiva com outros streamings. Já a Netflix assuma postura de evitar ainda mais perda de assinantes com séries e filmes recebendo investimentos mais generosos, e até com taxação de compartilhamento de conta com não-familiares.