A Fábrica de Sonhos é muito mais do que uma comédia romântica. Exibido na Sessão da Tarde desta sexta-feira, 25 de abril, o filme celebra os 60 anos da TV Globo com uma narrativa que presta homenagem direta à teledramaturgia brasileira, e, ao mesmo tempo, dialoga com o público que cresceu sonhando com os amores vividos nas novelas das 18h.

Dirigido por Guel Arraes e Patricia Pedrosa, com roteiro assinado por Jorge Furtado, o longa não esconde sua proposta: fazer o espectador refletir sobre como as histórias que consumimos moldam nossos afetos, expectativas e fantasias.

Quando a ficção encontra a realidade

A trama acompanha Rafaela, interpretada por Luellem de Castro, uma professora apaixonada por romances do século XIX e, claro, pelas novelas de época. Prestes a se casar com Eleutério (Igor Fortunato), seu melhor amigo de infância, ela vence um concurso que a leva aos Estúdios Globo para conhecer seu grande ídolo: Sydartha, um galã fictício vivido por Humberto Martins.

No entanto, o que parecia apenas um passeio pelos bastidores rapidamente se transforma em um dilema pessoal. Ao se encantar com o mundo da ficção — os cenários, o elenco, a fantasia do “felizes para sempre” — Rafaela começa a confundir as emoções do roteiro com os sentimentos reais. E então, surge a pergunta central do filme: até onde o encantamento pode ir antes de colocar em risco a realidade?

Um elenco que reforça a homenagem às novelas

Além do trio principal, o filme conta com um time de peso formado por Débora Falabella, Vilma Melo, Bianca Byington, Kiko Mascarenhas, Valentina Bandeira, Luís Miranda e Luciana Paes. Todos transitam entre os personagens reais e fictícios dentro do universo do filme, reforçando a dualidade entre vida e dramaturgia.

Bastidores, memória afetiva e a força das histórias

Gravado nos Estúdios Globo, A Fábrica de Sonhos abre as portas da televisão para o público. Vemos os corredores, os figurinos, os sets de novela, tudo isso com a câmera revelando o lado mágico e, ao mesmo tempo, técnico do que envolve colocar uma história no ar.

É, portanto, uma produção que fala com quem cresceu vendo O Cravo e a Rosa, Chocolate com Pimenta ou Orgulho e Paixão. Mais do que entreter, o filme evoca memória afetiva, carinho por personagens que nunca existiram de fato, mas que moram na lembrança do público.

Uma carta de amor à teledramaturgia

Com humor leve, um toque de drama e muitas referências à cultura televisiva, A Fábrica de Sonhos reforça que a TV brasileira não é apenas entretenimento, ela é parte da formação cultural do país. A obra se insere nesse contexto com delicadeza e inteligência, sendo um presente tanto para os nostálgicos quanto para os apaixonados por boas histórias.

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