A série Tudo é Justo, criação de Ryan Murphy que conta com um elenco que inclui Kim Kardashian, Naomi Watts e Sarah Paulson, chegou ao streaming cercada de avaliações negativas. A produção estreou com um dos menores índices do Rotten Tomatoes no ano e acumulou manchetes destacando a recepção desfavorável da crítica, sendo até chamada de “a pior série já feita”.

Ainda assim, a produção rapidamente encontrou espaço entre o público da plataforma, especialmente no Disney+ no Brasil, onde a produção alcançou o Top 10 da plataforma logo nos primeiros dias. O contraste entre repercussão crítica e interesse popular se tornou o principal ponto de discussão ao redor da obra.

A força da curiosidade e do debate

De acordo com o The Wrap, a série registrou cerda de 3,2 milhões de visualizações nos primeiros dias, um volume significativo para uma produção tão contestada. Esse desempenho ajuda a ilustrar como o consumo atual de séries é influenciado por conversas nas redes, debates instantâneos e pela curiosidade gerada quando um título vira tema de discussões intensas.

Personagens conversam em um banco ao ar livre em Tudo É Justo, com expressão séria durante uma cena dramática
Cena da série Tudo É Justo (foto: Reprodução/Disney+)

O público não reage apenas à recomendação positiva; muitas vezes, a polêmica se torna porta de entrada. No caso de Tudo é Justo, o barulho inicial acabou ampliando a exposição da série e atraindo quem queria formar sua própria opinião.

A distância entre crítica e consumo

A diferença de olhar entre crítica e público não é nova, mas aqui aparece de forma evidente. Enquanto avaliações formais apontam problemas de roteiro, tom e execução, parte da audiência parece interessada justamente no caráter pop da série e na presença de figuras conhecidas.

Em um catálogo amplo como o do streaming, obras de reputação controversa frequentemente encontram nichos específicos e conseguem boa tração, ainda que longe de consenso. O caso evidencia como a audiência contemporânea é mais movida por conversas culturais do que por notas e rankings.

Uma trajetória que ainda está se desenhando

O desempenho inicial de Tudo é Justo pode não transformar a recepção crítica, mas indica que a série conseguiu estabelecer seu próprio espaço. A combinação de curiosidade, celebridade e debate público ajudou a manter o título em alta, mostrando como o impacto cultural de uma obra hoje vai além da avaliação dos especialistas. A trajetória da série no streaming ainda está em construção, mas já revela um fenômeno interessante sobre como o público escolhe o que assistir.

Tudo É Justo é produzida por Ryan Murphy, com elenco formado por Kim Kardashian, Sarah Paulson, Naomi Watts, Niecy Nash, Michelle Pfeiffer e Glenn Close. A série está disponível no Disney+ e conta com episódios semanais em sua primeira temporada até o final de dezembro.

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Jornalista especializado em entretenimento e cultura pop. Com mais de oito anos de experiência, sou um dos fundadores do Séries em Cena, onde atuo como diretor-geral. Também trabalhei como repórter no portal TV Pop. Apaixonado por televisão, streaming e futebol, tenho como série favorita How I Met Your Mother.