A primeira parte da 2ª temporada de Sandman já está disponível na Netflix com seis episódios que aprofundam os dilemas mais humanos de Morpheus — e encerram com uma das decisões mais dolorosas de toda a saga.
Baseada na obra de Neil Gaiman, a nova fase adapta os arcos “Estação das Brumas” e “Vidas Breves”, colocando o protagonista diante de antigos fantasmas, reencontros familiares e escolhas com consequências devastadoras.
A seguir, entenda o enredo da temporada, o desfecho da Parte 1 e o que esperar da sequência da história.
O que acontece na 2ª temporada de Sandman?
A temporada começa com Morpheus reconstruindo o Sonhar, ainda marcado pelos danos causados em sua ausência. Aos poucos, ele retoma o controle de seu reino e parte para resolver assuntos do passado — o principal deles envolvendo Nada, sua antiga amada aprisionada no Inferno. Para libertá-la, ele confronta Lucifer, que se mostra ainda mais provocador após perder o domínio do Inferno para outra entidade.
Paralelamente, Destiny convoca uma reunião dos Perpétuos. Esse encontro familiar reúne Sonho, Morte, Desejo, Desesperoe Delirium para discutir a ausência de Destruction, irmão desaparecido que abandonou suas funções. Esse ponto dá início ao arco “Vidas Breves”, centrado na busca por Destruction — um personagem enigmático que representa a negação dos deveres eternos dos Perpétuos.
O retorno de Orfeu e o preço da informação
Para localizar Destruction, Morpheus precisa da ajuda de seu filho, Orfeu, que vive há séculos em sofrimento, reduzido a uma cabeça viva. Em troca da informação, Orpheus impõe uma condição: que o pai finalmente conceda a ele o descanso eterno. Esse pedido coloca Sonho diante de um dilema moral profundo, já que os Perpétuos não devem jamais tirar a vida de outro membro da própria família, mesmo que seja por misericórdia.
Apesar da resistência, Morpheus acaba aceitando a condição. A dor dessa decisão ecoa em toda a narrativa e funciona como o ponto culminante emocional da Parte 1.
Final explicado: o que acontece no episódio 6
No último episódio da Parte 1, Sonho encontra Destruição, que vive isolado, afastado de seus deveres e da influência dos outros Perpétuos. Ele deixa claro que sua decisão de se afastar é definitiva, recusando qualquer proposta de retorno.
Em seguida, Morpheus cumpre sua promessa e permite que Orfeus finalmente morra — um gesto que rompe uma das leis mais sagradas entre os Perpétuos. Esse ato, embora misericordioso, tem um peso místico profundo: ele desperta as Fúrias, entidades vingativas que não toleram o derramamento de sangue familiar. A aparição das Fúrias prepara o terreno para a adaptação do arco “As Benévolas” (The Kindly Ones), que deverá dominar os episódios finais.
O que esperar da Parte 2 de Sandman?
A decisão de Morpheus terá consequências irreversíveis. A segunda parte da temporada, com estreia marcada para 24 de julho, deve acompanhar a fúria crescente das Kindly Ones, que passarão a caçar o Senhor dos Sonhos como punição por seu ato. Ao mesmo tempo, veremos a instabilidade do Sonhar e os impactos emocionais que a morte de Orpheus provoca em Dream, que mais uma vez será confrontado com sua própria humanidade.
A expectativa é que os episódios finais da série adaptem os momentos mais sombrios e intensos dos quadrinhos, encerrando a trajetória de Morpheus de forma trágica e poética.
A primeira parte da 2ª temporada de Sandman equilibra ação mitológica com profundidade emocional, culminando em um final carregado de simbolismo e dor. O sacrifício feito por Dream não apenas marca uma ruptura com as tradições dos Perpétuos, mas também serve como catalisador para a destruição que se aproxima.
Os fãs da obra original reconhecem que o pior ainda está por vir — e a Parte 2 promete entregar um desfecho memorável para uma das séries mais ambiciosas da Netflix.
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