A série Monstro: A História de Ed Gein é o novo capítulo da antologia de Ryan Murphy e Ian Brennan para a Netflix. Após retratar Jeffrey Dahmer e os irmãos Mendez, a produção mergulha na história real de Ed Gein, um fazendeiro do Wisconsin que inspirou alguns dos vilões mais icônicos do cinema, como Norman Bates (Psicose), Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica) e Buffalo Bill (O Silêncio dos Inocentes).
Interpretado por Charlie Hunnam, Gein é mostrado como um homem solitário, reprimido e dominado pela obsessão pela mãe, Augusta, retratada como uma figura autoritária e religiosa que influenciou diretamente sua visão distorcida do mundo.
A série mistura elementos reais com ficção para tentar responder à pergunta central que move toda a temporada: os monstros nascem assim ou são criados por seu ambiente?

O que acontece no fim de Monstro: A História de Ed Gein
Nos episódios finais, Ed está internado em um hospital psiquiátrico, diagnosticado com esquizofrenia e sob vigilância constante. O enredo apresenta um novo caso de assassinato duplo, investigado pelo FBI, que suspeita de um assassino inspirado em Gein.
O “consultor” do FBI
Na série, agentes federais visitam Ed para compreender o padrão do novo criminoso.
Gein, já debilitado, fornece detalhes sobre ferramentas e métodos usados nos crimes, ajudando indiretamente a resolver o caso. Essa parte é ficcional, mas funciona como metáfora: o monstro “ensina” a capturar o próximo monstro.
A doença e a morte
Pouco tempo depois, Ed é diagnosticado com câncer de pulmão e começa a definhar. Em suas últimas cenas, aparece em delírio, imaginando o reencontro com sua mãe. Augusta lhe diz: “Only a mother could love you” (“Só uma mãe poderia te amar”), antes de abraçá-lo — uma sequência simbólica, que representa o perdão que ele buscou a vida toda. Logo em seguida, vemos seu enterro solitário, encerrando o arco com uma sensação de vazio e tragédia.
O legado
A série termina mostrando jovens vandalizando o túmulo de Gein no Halloween, enquanto flashes de manchetes antigas revelam como seu nome virou mito do horror.
Ryan Murphy encerra a temporada com a mensagem de que os monstros não morrem, apenas mudam de forma e voltam a nascer — uma crítica à cultura do crime e à obsessão pelo macabro.

O que é real e o que é ficção na série?
A produção toma várias liberdades criativas para explorar temas psicológicos e sociais.
Veja o que é baseado em fatos e o que foi criação dramática:
- ✅ Verdadeiro: Ed Gein viveu com a mãe até a morte dela e desenvolveu forte obsessão por cadáveres femininos, retirando corpos de cemitérios próximos.
- ✅ Verdadeiro: Ele matou duas mulheres confirmadas — Mary Hogan e Bernice Worden — ambas encontradas mutiladas em sua fazenda.
- ❌ Ficção: A ideia de que ele ajudou o FBI é invenção da série, usada como alegoria para discutir o impacto cultural de sua figura.
- ❌ Ficção: O reencontro final com Augusta é simbólico, representando o tormento interno e o desejo de aprovação materna.
- ✅ Verdadeiro: Gein morreu em 26 de julho de 1984, aos 77 anos, vítima de câncer no hospital do asilo de Mendota, Wisconsin.

Quantas pessoas Ed Gein realmente matou?
Segundo os registros oficiais, Ed Gein matou duas mulheres. No entanto, sua confissão sobre violação de túmulos e manipulação de cadáveres deu origem a um mito coletivo que o transformou em um dos nomes mais aterrorizantes da cultura americana.
A série amplifica esse número apenas para reforçar a sensação de horror e obsessão — mas historicamente, o caso envolveu duas vítimas confirmadas.
Perguntas e respostas sobre Monstro: A História de Ed Gein
1. O que significa o final da série?
O final simboliza o colapso completo de Ed, que encontra “paz” apenas na mente doente que recria o amor materno. Representa também a ideia de que o verdadeiro monstro é o ciclo social que transforma crimes em espetáculo.
2. Ed Gein realmente ajudou o FBI?
Não. Essa parte é totalmente ficcional. Nunca houve registro de colaboração entre Ed Gein e autoridades após sua prisão.
3. A série mostra tudo o que ele fez na vida real?
Não. A Netflix opta por sugerir os horrores, sem mostrar tudo explicitamente. O foco está na psicologia, não na brutalidade gráfica.
4. Ed Gein era um serial killer?
Tecnicamente, não. Ele é classificado como assassino e necrófilo, pois só duas mortes foram comprovadas. Mas o impacto cultural de suas ações o colocou entre os nomes mais citados em histórias de serial killers.
5. O que a frase “monstros não nascem, são feitos” quer dizer?
É o tema central da série — uma reflexão sobre como traumas, isolamento, repressão e fanatismo podem moldar uma mente doente. Ed é mostrado como produto de seu ambiente tanto quanto autor de seus atos.
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