A Mulher na Cabine 10 é inspirada no romance homônimo lançado em 2016 pela escritora britânica Ruth Ware, conhecida por suas histórias de suspense ambientadas em locais confinados, como hotéis, mansões e agora um navio. O filme foi lançado recentemente pela Netflix e apresenta uma adaptação do livro.
Com Keira Knightley, Guy Pearce e David Ajala no elenco, a trama desperta a curiosidade do espectador, principalmente com a mistura de claustrofobia, paranoia e tensão psicológica em um cenário luxuoso.

O longa acompanha Lo Blacklock, uma jornalista de viagens que embarca em um cruzeiro de luxo para cobrir a viagem inaugural do navio Aurora. A bordo, ela presencia algo aterrorizante: uma mulher sendo jogada ao mar durante a madrugada. Quando tenta denunciar o crime, a tripulação garante que todas as passageiras estão presentes e que nada aconteceu. Sozinha e desacreditada, Lo decide investigar por conta própria o mistério da cabine 10.
O que faz o público questionar se a história aconteceu é justamente a forma como o filme trabalha o realismo. A ambientação em um iate moderno, a naturalidade das reações de Keira Knightley e a sensação de impotência da protagonista criam um cenário que poderia muito bem acontecer. É essa fronteira entre o possível e o imaginado que torna o filme tão envolvente — e tão convincente.
Afinal, é inspirado em fatos reais?
Apesar da verossimilhança e do clima de mistério, A Mulher na Cabine 10 não é inspirado em uma história real. Nenhum registro público aponta para um desaparecimento ou assassinato ocorrido em circunstâncias semelhantes à mostrada no filme. Segundo a própria autora, a trama é inteiramente fictícia, criada para explorar o medo de ser desacreditado e o terror de não conseguir escapar de uma situação perigosa.
Embora traga ecos de casos reais de pessoas desaparecidas em viagens marítimas, a trama não representa a realidade. Ruth Ware utiliza esse pano de fundo para dar um toque de realidade ao suspense, mas sem se apoiar em um evento concreto.
O que o filme mostra
Durante a investigação, Lo descobre que há muito mais escondido sob o luxo e as aparências do navio. A viagem dos sonhos se transforma em um pesadelo repleto de imposturas, desaparecimentos e manipulação psicológica. A protagonista precisa lutar não apenas para provar o que viu, mas também para sobreviver dentro de um ambiente onde ninguém é quem aparenta ser.
Visualmente, o longa aposta em uma estética elegante e sombria. A fotografia reforça o contraste entre o glamour do cruzeiro e o terror crescente, enquanto a direção de Simon Stone privilegia enquadramentos fechados e corredores estreitos que intensificam a claustrofobia.
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