O filme Wicked, lançado em 2024, adapta o icônico musical da Broadway que estreou em 2003. Com sua trama focada nas bruxas de Oz e em seus passados antes dos eventos de O Mágico de Oz, a produção cinematográfica traz algumas diferenças significativas em relação ao espetáculo teatral. A seguir, exploramos as principais mudanças, tanto em termos de narrativa quanto de produção.
1. Tempo de duração e estrutura da história
Uma das principais diferenças entre o filme e o musical é a divisão da narrativa. O filme dura 2 horas e 40 minutos e aborda apenas o primeiro ato do musical, o que significa que a história de Wicked se divide em duas partes. Wicked: Parte 2, programado para ser lançado em 2025, complementará essa divisão.
No musical, a história acontece em um único espetáculo de aproximadamente 2 horas e 45 minutos. A escolha de dividir o filme permite um aprofundamento maior do enredo, mas também gera expectativa sobre o que será explorado na continuação.
2. Figurinos mais elaborados e cinemáticos
O filme traz uma abordagem mais detalhada e cinematográfica nos figurinos. No musical, os trajes de Elphaba e Glinda são icônicos, mas no filme, as escolhas de roupas se tornam mais ousadas e variadas. Por exemplo, Glinda usa um vestido rosa em vez de seu tradicional vestido azul claro.
Além disso, os trajes no filme são mais complexos, com texturas, camadas e brilho para realçar os personagens e sua evolução, o que se torna mais possível no cinema graças aos recursos tecnológicos. No palco, os figurinos seguem um estilo mais simplificado, focando na praticidade e na performance ao vivo.
3. Uso de efeitos especiais nas cenas de ação

O filme faz uso extensivo de efeitos especiais para aumentar o impacto das cenas mais grandiosas, como a icônica Defying Gravity. No musical original, a cena é impressionante pela sua simples execução, com Elphaba voando suspensa no palco.
Já no filme, a cena é ampliada com efeitos visuais deslumbrantes, mostrando Elphaba voando por cenários fantásticos que capturam o espírito mágico da história. Isso reflete a capacidade do cinema de criar imagens deslumbrantes que seriam impossíveis de replicar no palco.
4. Trilha sonora: novas introduções e expansões
A trilha sonora do filme também apresenta diferenças significativas. Algumas músicas do musical são expandidas e outras têm arranjos mais complexos. A música Defying Gravity, por exemplo, é mais grandiosa e visualmente impactante no filme, com o uso de efeitos especiais e novas camadas musicais.
Além disso, a versão do filme faz referências sutis à continuação de Wicked, ainda que Wicked: Parte 2 não tenha sido lançado. Isso acontece através de pequenos trechos musicais que criam uma sensação de continuidade para os fãs, preparando-os para o que está por vir. A decisão de adicionar mais complexidade à trilha sonora no filme reflete o desejo de expandir a experiência para além do palco, com um foco maior na imersão e na emoção das músicas.
5. Popular mais extensa e cênica
Uma das canções mais populares do musical, Popular, ganha uma versão mais longa e visualmente mais dinâmica no filme. No palco, a música é relativamente simples, com Glinda interagindo com Elphaba de maneira descontraída.

No entanto, no filme, a canção se expande em uma sequência cheia de ação, onde Glinda realiza coreografias e interage com os objetos de cena de forma mais elaborada. A utilização de ângulos de câmera e a construção de um cenário mais vasto tornam a performance muito mais complexa e divertida, com visuais mais chamativos e emocionais.
6. Dancing Through Life com maior profundidade emocional
A canção Dancing Through Life, no filme Wicked , é muito mais do que uma simples cena de dança. Embora no palco a música sirva como um número mais leve e descontraído, no filme, há uma profundidade emocional maior.
Durante o número, Elphaba e Glinda não apenas dançam, mas também têm uma interação mais intensa, refletindo suas emoções conflitantes e a evolução de sua amizade. O filme proporciona uma nova camada emocional, permitindo que os personagens se conectem de forma mais íntima, o que resulta em uma cena mais envolvente.
7. Ampliação de Defying Gravity
Em relação à versão cinematográfica de Defying Gravity, a música não só recebe mais atenção, mas também é apresentada com muito mais efeitos visuais. A cena se expande para incluir uma série de imagens deslumbrantes, com Elphaba sendo mostrada em movimento pelo céu.
No palco, a cena é limitada pela necessidade de ser uma performance ao vivo, mas o filme aproveita ao máximo a capacidade do cinema de criar visuais fantásticos. A música se torna não apenas uma parte da narrativa, mas uma experiência visual e auditiva poderosa que deixa uma marca duradoura nos espectadores.
8. Mudanças em One Short Day e homenagens a Oz
Uma mudança interessante ocorre durante a música One Short Day. No filme, a canção recebe uma ampliação com uma referência adicional ao universo de Oz. A inclusão de uma homenagem a O Mágico de Oz é uma maneira de conectar o filme à obra original.
A canção, que no palco é uma celebração do sonho de Elphaba e Glinda, se expande no filme para refletir o impacto emocional mais profundo da amizade entre as duas. Além disso, o filme oferece uma participação especial de Idina Menzel e Kristin Chenoweth, que fazem uma pequena aparição para uma cena nostálgica, dando um toque especial para os fãs do musical.
9. Exploração maior da infância de Elphaba
O filme também foca mais na infância de Elphaba e de sua irmã Nessarose. O musical menciona brevemente suas histórias passadas, mas o filme mergulha mais fundo nesses momentos, explorando como o relacionamento familiar impactou suas escolhas e personalidades.

As cenas de infância de Elphaba fornecem um contexto mais claro para suas ações ao longo da história, aprofundando a motivação por trás de sua jornada e trazendo mais humanidade ao personagem.
10. Referências visuais a O Mágico de Oz
Por fim, o filme está repleto de referências visuais e subtis ao clássico O Mágico de Oz. A tipografia, semelhante à usada no filme original de 1939, e cenas que homenageiam personagens como o Leão Covarde, oferecem uma experiência rica em detalhes para os fãs de Oz.
A escolha do design de produção visa fazer com que o público se sinta imerso no mesmo mundo mágico, mas com uma atualização visual que adiciona elementos modernos, sem perder a essência do universo criado por L. Frank Baum.
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