A Netflix estreou a série espanhola O Refúgio Atômico (El Refugio Atómico), sua nova grande aposta com criação de Álex Pina e Esther Martínez Lobato, os mesmos responsáveis por La Casa de Papel. A trama acompanha um grupo de bilionários confinados em um bunker subterrâneo de luxo durante a ameaça de uma guerra nuclear.

Com oito episódios, a produção mistura suspense psicológico, crítica social e reviravoltas em clima claustrofóbico.

A história de O Refúgio Atômico

O enredo se passa no Kimera Underground Park, um luxuoso complexo subterrâneo equipado com spas, restaurantes e academias de última geração. Pensado como paraíso seguro diante do colapso mundial, o bunker rapidamente se transforma em palco de tensões familiares, segredos revelados e dilemas éticos.

O isolamento, que deveria proteger, acaba intensificando disputas de poder, rivalidades antigas e medos pessoais — revelando que o verdadeiro perigo pode estar dentro das paredes reforçadas.

Imagem da série O Refúgio Atômico
Cena da série O Refúgio Atômico (foto: Reprodução/Netflix)

Elenco de destaque

O Refúgio Atômico reúne nomes de peso da TV espanhola e latino-americana:

  • Miren Ibarguren como Minerva, autoridade máxima no bunker

  • Joaquín Furriel como Guillermo, homem marcado pelo ressentimento

  • Carlos Santos como Rafa, pai dividido entre proteger e controlar

  • Natalia Verbeke como Frida, esposa envolta em dilemas íntimos

  • Pau Simón como Max, jovem assombrado pelo passado

  • Alícia Falcó como Asia

  • Além de Montse Guallar, Agustina Bisio e Álex Villazán

Bastidores e estética

Segundo os criadores, a série nasceu durante a pandemia, quando conversas sobre desigualdade e “planos de fuga” de milionários ganharam força. Para dar corpo à ideia, o time construiu mais de 7 mil m² de cenários nos arredores de Madri, recriando o bunker em detalhes.

Visualmente, a estética aposta em referências ao brutalismo, ao design retro dos anos 50 e à tecnologia futurista. O resultado é um espaço luxuoso e, ao mesmo tempo, opressivo — a perfeita dissonância entre conforto e medo.

Como a crítica recebeu a série

A estreia dividiu opiniões. O design de produção e a atmosfera receberam elogios, assim como as atuações de Miren Ibarguren e Joaquín Furriel. Já o roteiro foi apontado como irregular, com momentos de melodrama e diálogos excessivamente carregados.

Apesar disso, O Refúgio Atômico garantiu bons números de audiência na Netflix e abriu caminho para uma possível segunda temporada. Segundo os criadores, os novos episódios devem explorar rumos ainda mais sombrios e cruéis.

Vale a maratona?

Se você curtiu La Casa de Papel e busca uma produção que mistura crítica social com suspense psicológico, O Refúgio Atômico merece entrar na sua lista. A série questiona até onde o dinheiro pode — ou não — comprar a sobrevivência em tempos de colapso.

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Estudante de jornalismo apaixonado por séries, sempre em busca da próxima maratona. Atualmente, estagiário no Séries em Cena, onde exploro o universo das produções e compartilho meu olhar crítico sobre o que está em alta no mundo das telinhas. E-mail: lucas.emanuel@seriesemcena.com.br