K.O., filme francês que mistura ação intensa com drama emocional, estreou na Netflix chamando atenção do público. Estrelado pelo lutador de MMA Ciryl Gane, o longa se destaca por sua abordagem realista das cenas de combate e por uma trama que coloca culpa, redenção e violência em conflito constante. A seguir, entenda a história de K.O. e como ela se desenrola em meio a lutas, perseguições e segredos do passado.
Um lutador em busca de redenção
Bastien (Ciryl Gane) é um ex-campeão de MMA que carrega um peso insuportável: durante uma luta profissional, ele matou seu oponente, Enzo, com um golpe fatal. Após o acidente, Bastien abandona os ringues e se isola, tentando lidar com o trauma e a culpa.

Três anos depois, o desaparecimento de Léo — filho de Enzo — coloca Bastien diante de uma oportunidade inesperada de reparar seus erros. Ele se une a Emma (Anne Azoulay), mãe do garoto, e à capitã de polícia Kenza (Alice Belaïdi), para descobrir o paradeiro do adolescente. O trio mergulha nas ruas de Marselha, enfrentando uma perigosa rede de criminosos locais que parecem estar por trás do sequestro.
Conspiração, vingança e violência nas ruas de Marselha
À medida que as investigações avançam, fica claro que o desaparecimento de Léo está ligado ao submundo do crime organizado. Kenza, que tem motivações pessoais para desmantelar a quadrilha, se envolve cada vez mais nos conflitos, enquanto Bastien precisa confrontar não apenas os inimigos externos, mas também os fantasmas do passado.
A jornada de resgate se transforma em uma luta desesperada contra o tempo e a violência. Em meio a confrontos brutais e reviravoltas, Bastien vai descobrindo que a redenção não está apenas em salvar o garoto, mas em encarar as consequências dos seus próprios atos — dentro e fora do ringue.
Realismo e tensão como marca registrada
K.O. se destaca por trazer uma ambientação crua e urbana, com as ruas de Marselha servindo de palco para cenas de ação de tirar o fôlego. A performance de Ciryl Gane é marcada pelo físico imponente e pela autenticidade nas lutas, o que garante veracidade à narrativa. Com direção de Antoine Blossier, o filme aposta em uma trama direta, mas carregada de tensão e dilemas morais.
No fim das contas, K.O. é mais do que um filme de ação: é um estudo sobre até onde alguém pode ir para se redimir — e o que se perde no caminho.