O final de Como um Relâmpago, minissérie lançada pela Netflix na última quinta (06), traz um encerramento trágico e simbólico para a trajetória de James A. Garfield, o vigésimo presidente dos Estados Unidos. A narrativa, baseada em fatos reais, mostra que sua morte não foi apenas resultado de um atentado político.
A minissérie acompanha a breve presidência e o atentado que mudaria para sempre o país, destacando-se pela forma como combina rigor histórico e sensibilidade narrativa.
Entre diálogos sobre ética, fé e ciência, a produção expõe as tensões de uma nação em transformação e mostra como o poder pode ser tanto um instrumento de progresso quanto um espelho das fraquezas humanas.
Afinal, quem realmente matou Garfield?

Charles Guiteau, um homem delirante em busca de reconhecimento, é o autor do disparo. O tiro, entretanto, não o matou de imediato. O que o levou à morte, semanas depois, foi o tratamento inadequado e as práticas médicas ultrapassadas que o submeteram a repetidas infecções, sem o uso de assepsia.
A série expõe como a medicina da época e o próprio sistema político contribuíram para o desfecho. Enquanto Garfield agoniza, médicos competem entre si por prestígio, negando avanços científicos como a esterilização dos instrumentos cirúrgicos.
A cena final e o que acontece com Charles Guiteau
Após a morte de Garfield, Charles Guiteau é julgado e condenado à morte. No encerramento, a série foca na solidão de Charles Guiteau antes de sua execução.
Mesmo diante da execução, ele insiste em se ver como um “instrumento divino”, acreditando que havia cumprido um propósito maior ao eliminar o presidente.
Mais do que um relato biográfico, a minissérie funciona como reflexão sobre a própria ideia de civilização. Garfield acreditava que a ciência e a moral caminhavam lado a lado — e sua morte expõe como a vaidade humana pode corromper até as melhores intenções.
O legado e a virada de Chester A. Arthur
Após a morte de Garfield, o vice-presidente Chester A. Arthur assume o poder, inicialmente visto como um político oportunista e submisso à máquina partidária. No entanto, o episódio final mostra sua transformação: impactado pela tragédia e pelo peso da culpa, ele abraça as reformas administrativas que o falecido presidente defendia.
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