Baseado no famoso mangá japonês escrito por Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, Death Note acompanha um estudante do ensino médio que encontra um caderno sobrenatural e percebe que nele existe um grande poder: se o proprietário escrever o nome de alguém enquanto estiver pensando em seu rosto, a pessoa morrerá. Embriagado por sua nova habilidade divina, o jovem começa a matar aqueles que julga indignos a viver.

A adaptação da Netflix traz apenas a essência do caderno da morte e foge muito da obra original. Ou seja, se você quer um filme fiel, esquece.

A adaptação para maiores é por conter cenas sangrentas de mortes, no estilo de “Premonição”. O enredo em si, é transformado em drama adolescente com investigação criminal. As reviravoltas inesperadas com jogadas inteligentes dá um “up” no filme.

O problema aqui é não ter os personagens fortes (inteligência) e presentes, até então a investigação do “L” em descobrir quem é o “Kira” e para-lo é horrível. Não traz a disputa de ego dos protagonistas.

Os personagens tem a personalidade totalmente diferente, que deixa personagens que são fortes no anime, fracos.

Mia não é a Misa boba inocente apaixonada pelo Light, ela é esperta e manipuladora com uma ambição maior pelo caderno. Light é mais motivado/forçado a escrever no caderno da morte do que por suas próprias decisões. A pior mudança é de L, o que deveria ser um garoto inteligente e centrado, é transformado em um “L” impulsivo.

Natt Wolf faz uma atuação mediana no papel de Light. Na primeira aparição do shinigami Ryuk, a reação reação do ator de assustado é tão podre já causa a impressão “esse filme vai ser uma merda”, porém é só esse momento que Wolf deixa ser muito superficial.

O visual do Ryuk está sensacional, traz o ar sombrio e maléfico em suas aparições e dando até um alivio cômico para o longa.

Para quem não leu/assistiu o mangá/anime, é um filme bom.