Acostumados com os heróis que aparecem para salvar o nosso dia? Brightburn – O Filho das Trevas, mostra que um herói pode escolher algo muito distante disto.

O filme começa contando a história de um casal que deseja muito ter um filho. Em uma de suas tentativas, um meteoro cai do céu trazendo o que seria a resposta para esperança que eles tinham. Brandon (Jackson Dunn), que passa a receber todos os cuidados dos seus pais adotivos, aos 12 anos começa a descobrir os seus poderes e a sofrer uma rejeição na escola por ser uma pessoa diferente. Com tanta força e uma possível missão, ele começa a aterrorizar toda a cidade onde vive, eliminando todos aqueles que se entram em seu caminho.

O filme traz uma analogia muito grande com a história de Superman, que é logo percebida por aspectos como o local (A fazenda que o menino é encontrado), os seus poderes, ou até mesmo em alguns momentos da trilha sonora. O filme mostra como seria um Superman que ao invés de salvar o mundo resolvesse usar o seu poder contra ele.

Com a produção de James Gun (Guardiões da Galáxia), o filme conta com poucos momentos de humor e muitos momentos de tensão, suspense e horror na sua composição. Os momentos de suspense não demoram muito para serem finalizados e os sustos acontecem de uma forma natural durante a história, sem precisar forçar um clima para assustar o público.

Algo que pode passar despercebido é a roupa que o menino escolhe vestir. Com a aparência um pouco estranha, ela representa uma vespa. Durante uma aula a professora faz uma pergunta para Brandon sobre a diferença entre a abelha e a vespa e ele diz que que a vespa é como um parasita que vai para a colmeia, se alimenta, vive e depois destrói tudo. Ao construir o seu uniforme, ele nos remete que ele é uma vespa também com todas as suas características.

O filme tem um desenvolvimento bem rápido, um dia o menino não entendia o que estava acontecendo com ele e no outro ele já estava convicto da sua “missão”. Temos pouco tempo para ir se afeiçoando com história de cada personagem e até mesmo com o núcleo familiar. Não fica claro se foi o bullying que Brandon sofria na escola potencializou a sua maldade ou se ele era naturalmente ruim.

Mesmo o longa sendo rápido e de uma produção com poucos gastos, ele não deixa de entregar grandes efeitos visuais numa violência gráfica e situações que demonstrem o poder de Brandon. Mesmo tendo poucas cenas de morte a produção as traz de maneira bem impactantes para o público.

De um modo geral, o filme agrada por apresentar uma versão curiosa e maligna de um ser que se esperaria grandes e bons feitos, mas poderia agradar bem mais. Mesmo com um enredo um pouco fraco, os atores entregam boas atuações, principalmente a mãe do garoto (Elizabeth Banks) que no decorrer do filme, tem a angustia e o desespero por confirmar que o seu filho não é quem ela pensou que ele fosse. O filme é uma boa opção para aqueles que gostam de levar susto com cenas de suspense e de releitura de heróis.

Ficha Técnica:

Brightburn – Filho das Trevas
Direção: David Yarovesky
Elenco: David Denman, Elizabeth Banks, Jackson Dunn, Matt Jones, Meredith Hagner
Gênero: Terror
Distribuidora: Sony Pictures

Confira o trailer:

 

Brightburn – Filho das Trevas já está nos cinemas em todo o Brasil.