Na comédia de animação 3D, Angry Birds – O Filme, vamos finalmente descobrir o por quê destes pássaros serem tão bravos. O filme nos leva a uma ilha populada inteiramente por pássaros felizes e que não podem voar – ou quase inteiramente. Neste paraíso, Red (voz de Marcelo Adnet), um pássaro com problemas de temperamento, o veloz Chuck (voz de Fabio Porchat), e o volátil Bomba sempre foram excluídos. Mas quando a ilha é visitada por misteriosos porquinhos verdes, cabe a estes improváveis rejeitados descobrir o que os porcos estão tramando.
Adaptar um bem sucedido jogo de mobiles para as telonas de cinema que não tem enredo, acaba dificultando a criação do longa. Com um enredo simples, Angry Birds chega a ser divertido por tantas piadas com os humores dos personagens.
A versão cinematográfica investe na personalidade de cada pássaro, em especial a ave vermelha, Red. Deixando a destruição de casas e porcos em segundo plano, cria-se uma história de origem, algo pertinente a um produto com claras intenções de se tornar uma franquia. O espectador descobre que os pássaros sofrem de tipos distintos, e bem amplos, de raiva: Red é mal-humorado por ser órfão e ter sofrido bullying na infância, o amarelo Chuck é hiperativo e ansioso, o grande Bomba é tímido e explode apenas quando pego de surpresa. Na verdade, todos esses pássaros são doentes no sentido clínico do termo, encontrando-se numa sessão de terapia coletiva.
Os adultos podem ficar um pouco cansados do ritmo intenso que, por não trazer variações, pode gerar impressão de monotonia – especialmente quando começa a esperada guerra contra os porcos, com os estilingues e casas suspensas.
Os dubladores dão conta do trabalho de forma eficaz, o que ajuda as piadas se tornarem mais impactantes.
Angry Birds – O Filme chega aos cinemas brasileiros em 12 de maio de 2016.