Representatividade. É essa uma das coisas que a comunidade queer mais busca durante toda sua existência. E quando eu digo representatividade, eu não to falando do clássico gay alivio cômico de série teen ou novela da globo, não to falando das lésbicas que só aparecem nas obras pra satisfazer fetiche de homem hétero, tampouco estou falando dos bissexuais e transexuais que são quase sempre esquecidos no churrasco. Nessa lista, separamos algumas obras pra assistir e aquecer seu coraçãozinho nesse mês do Orgulho LGBTQ+. Vem comigo!?
Call Me By Your Name (2018)
Dirigido por Luca Guadagnino, Call Me By Your Name (Me Chame Pelo Seu Nome, no Brasil) é um filme que aborda o romance de verão de Elio (Timothée Chalamet) e Oliver (Armie Hammer), o filme lentamente te coloca no clima para se investir na história dos dois e se apaixonar com o charme do longa e seus personagens. Apesar de não ser um filme pesado e com uma grande desastre no final, como parte da comunidade reclamou, esse filme não deixa de ser importante e acerta em cheio ao mostrar o romance dos jovens bissexuais de forma crível e estonteante. Por favor, assista e não se arrependerá.

Imagine Eu & Você (2005)
Nesse romance de 2005, Rachel (Piper Perabo) está finalizando os preparativos de seu casamento e por isso acaba conhecendo a florista Luce (Lena Headey), ela não sabia, mas estava conhecendo a sua mais nova paixão. Namorar a Cersei Lannister (de Game of Thrones) deve ser o sonho de princesa de muita garota por ai sendo roubado, mas pelo menos vendo esse filme você pode ter uma ideia de como seria. Ai, me desculpa… Não queria jogar sal na ferida.

Love, Simon (2018)
Sair do armário. Só quem já teve que passar por isso sabe como essa experiência inevitável na vida de uma pessoa LGBTQ+ pode ser assustadora. E esse filme, que não tem nada de especial (cinematograficamente falando) consegue mostrar isso com maestria para o grande publico. Sim, esse é mais um clichê romântico para adolescentes, mas um muito importante, pois é o primeiro feito para o publico mainstream e também o primeiro filme do tipo vindo de um grande estúdio. Se por algum milagre você ainda não o assistiu, o que diabos está fazendo? Vai ver logo.

Queer Eye (2018 – Hoje)
Queer Eye é um reboot do clássico reality show dos anos 2000, Queer Eye for the Straight Guy. E é um reboot que consegue ser mais representativo que o original, não que isso seja uma tarefa complicada. Se livrando de esteriótipos, e com os novos Fab 5 que são o que o nome já diz, FABULOSOS, Queer Eye da Netflix consegue ser representativo pra muita gente, muito além de apenas a comunidade LGBTQ+. É representativo pra gay, lésbica, trans, negros, indianos, asiáticos, muçulmanos e até representativo pra pessoas hétero. Wow! Amém, Netflix e obrigada pelos mimos.

Laerte-se (2017)
Após passar 60 anos se identificando publicamente como homem cis, a famosa cartunista brasileira decidiu em 2017 revelar ao mundo sua verdadeira identidade como mulher trans. Nesse documentário inspirador da Netflix, você se emociona ao conhecer alguns detalhes do processo de Laerte ao se descobrir e tentar libertar-se desses paradigmas heteronormativos que se espalham como vírus aqui no Brasil. Seja você estudante de artes, design, seja você parte da comunidade ou apenas um simpatizante, esse é um documentário incrível para se assistir.

Estamos longe do ideal no que se refere a representatividade na mídia, mas um dia talvez cheguemos lá. Enquanto isso, nos resta continuar lutando e cobrando por melhor representatividade em filmes, séries, novelas e etc. O Séries em Cena vai continuar a celebração do mês do Orgulho LGBTQ+ publicando mais listas como essas nos próximos dias. Compartilhe essa lista com seus amigos e fique ligado aqui no site e em nossas redes sociais para novidades sobre suas séries e filmes favoritos.