Hoje, dia 19 de junho, é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro! A data, escolhida para homenagear a sétima arte realizada no Brasil, passou a ser celebrada neste dia em homenagem a Afonso Segreto, primeiro diretor e cinegrafista do Brasil registrou as suas primeiras imagens no Brasil em 19 de junho de 1868.
Para comemorar essa data tão importante para a indústria cinematográfica do nosso país, selecionamos 8 filmes nacionais que caso você não tenha assistido, você precisa assistir e conhecer. Vale ressaltar que a produção brasileira é riquíssima! Existem inúmeras obras clássicas e contemporâneas de qualidade 100% brasileiras. Confira os nossos selecionados a seguir:
Cazuza – O Tempo não Para
O filme conta a vida de um dos maiores cantores e compositores do Brasil, Agenor de Iranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, que ficou conhecido como vocalista e líder da banda Barão Vermelho, e posteriormente seguiu carreira solo, sendo aclamado pela crítica como um dos principais poetas da música brasileira.
O filme conta sua história desde quando começou sua carreira atuando na peça Pára-quedas do Coração no Circo Voador, o sucesso com o Barão Vermelho, sua carreira solo até chegar em sua morte em 1990.
O roteiro foi escrito por Fernando Bonassi e Victor Navas, e dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho, e com roteiro baseado no livro ‘Cazuza, só As Mães São Felizes‘ escrito pela mãe do cantor, Lucinha Araújo e pela jornalista Regina Echeverria.
O Auto da Compadecida
É um dos maiores clássicos do cinema nacional lançado em 2000. Dirigido por Guel Arraes e com roteiro de Adriana Falcão, João Falcão e do próprio diretor, o filme é baseado na peça teatral Auto da Compadecida de 1955 de Ariano Suassuna.
O filme mostra as aventuras de dois nordestinos pobres que vivem de golpes para sobreviver, João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), estão sempre enganando o povo de um pequeno vilarejo no sertão da Paraíba, inclusive o temido cangaceiro Severino de Aracaju (Marco Nanini), que os persegue pela região. Somente a aparição da Nossa Senhora poderá salvar esta dupla.
O filme tornou-se um grande sucesso comercial no Brasil, tornando-se o filme brasileiro mais visto no país do ano 2000, atraindo mais de 2.157.166 pessoas nos cinemas e arrecadando mais de onze milhões de reais nas bilheterias nacionais. Além disso, o filme também obteve notável sucesso em alguns países da América do Sul como Argentina, Chile e Venezuela.
Cidade de Deus
Cidade de Deus é considerado um dos filmes brasileiros mais importantes de todos os tempos! O longa é uma adaptação roteirizada por Bráulio Mantovani a partir do livro de mesmo nome escrito por Paulo Lins. Dirigido por Fernando Meirelles, codirigido por Kátia Lund. Sendo enaltecido pela crítica especializada, que, em geral, enfatizou suas qualidades artísticas e estéticas. Foi lançado no Brasil em 30 de agosto de 2002, acumulando um público total de 3 307 746 espectadores. Mudou o paradigma do cinema brasileiro ao ser o único até agora a receber quatro indicações ao Oscar, nas categorias de melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia.
O filme conta a história de dois rapazes que querem seguir caminhos diferentes nas favelas do Rio de Janeiro dos anos 1970, Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um fotógrafo que registra o cotidiano violento do lugar, e Zé Pequeno (Leandro Firmino) é um ambicioso traficante que usa as fotos de Buscapé para provar como é durão.
O filme retrata o crescimento do crime organizado na Cidade de Deus, pelo ponto de vista do Buscapé, o protagonista-narrador que cresceu em um ambiente muito violento. Porém, encontra subsídios para não ser fisgado pela vida do crime. Para contar a trajetória deste lugar o filme narra a vida de diversos personagens e eventos que vão sendo entrelaçados no decorrer da trama.
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro
Após oito anos dos acontecimentos do primeiro filme, um dos seus focos é o amadurecimento do então Tenente-Coronel Nascimento (Wagner Moura), que é visto como herói pela população, e é nomeado para o cargo de Subsecretário de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Ele é capaz de articular uma completa reestruturação do BOPE, aumentando seu efetivo e modernizando seus equipamentos. Essa reestruturação o auxilia no combate ao tráfico de entorpecentes, e, com o passar do tempo, a Secretaria é capaz de encerrar as atividades de traficantes na maior parte das favelas da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Enquanto isso tem que lidar com problemas com seu filho adolescente Rafael (Pedro Van-Held), que se distancia cada vez mais do pai por influência de seu padrasto Fraga (Irandhir Santos). Mas desbaratar o crime organizado, ao contrário do que Nascimento planejou, não contribuiu para a diminuição da corrupção, mas fez surgir uma nova organização criminosa, as “milícias”. O filme também mostra o crescimento do BOPE e conflitos entre os policiais e milícias do Rio de Janeiro.
Lançado no Brasil em 8 de outubro de 2010, o filme recebeu considerável atenção da mídia, críticas majoritariamente favoráveis e, em 7 de dezembro do mesmo ano, tornou-se o filme mais visto da história do cinema brasileiro, com 11 milhões de espectadores. Em 2011 foi indicado a 16 categorias do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro vencendo em 9, incluindo a de melhor longa, melhor direção e a de melhor ator por Wagner Moura. Em setembro de 2011, foi escolhido para ser o candidato brasileiro a uma indicação para o Óscar de melhor filme estrangeiro.
Os Saltimbancos Trapalhões
Não poderia deixar de fora dessa lista um dos filmes dos trapalhões, eles tem um total de 42 filmes entre 1965 e 2017, sendo esses mais de 20 com o quarteto composto por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. O grupo que começou a obter sucesso na televisão e no cinema desde meados da década de 1960. Os Saltimbancos Trapalhões é um filme baseado na peça teatral Os Saltimbancos.
Quatro amigos humildes viram a grande atração de um circo com a sua capacidade de fazer o público dar gargalhadas. Os funcionários do Grand Circo Bartholo trabalham como contra-regras, mas arrumam tantas trapalhadas quando aparecem para o público que passam a ser número obrigatório e a sua maior atração, porém, o sucesso desperta a inveja de um mágico e são explorados, em sua ingenuidade por Barão (Paulo Fortes), o ganancioso do dono do circo.
O Filme foi dirigido por J. B. Tanko e lançado em 1981, sendo considerado pela crítica como o melhor filme do grupo.
Bingo: O Rei das Manhãs
O filme retrata a história de Augusto Mendes, um ator que sonha em ter uma carreira notória e duradoura na televisão brasileira, ele que trabalha fazendo pornochanchadas e pequenas participações em novelas da emissora com maior audiência do país. Ao se candidatar para a vaga de ator em outra emissora, seu desempenho no teste impressiona o diretor o contrata para ser o Bingo, palhaço no programa matinal homônimo da televisão brasileira durante a década de 1980. Augusto alcançou a fama graças ao personagem, apesar de jamais ser reconhecido pelas pessoas por sempre estar fantasiado. O grande revés na sua vida vem junto com o sucesso quando descobre que o público não pode saber sua identidade. Portanto, anônimo, entra em crises pessoais, o que corrobora em uma convivência ruim com o filho e em seu ambiente de trabalho. Esta frustração o levou a se envolver com drogas, chegando a utilizar cocaína e crack nos bastidores do programa.
Produzido por Gullane Filmes e distribuído por Warner Bros. Pictures, o roteiro, cuja inspiração consiste no período da vida de Arlindo Barreto, um dos atores que interpretou Bozo na televisão, é de Luiz Bolognesi. Marca a estreia na direção de Daniel Rezende e é estrelado por Vladimir Brichta, Leandra Leal, Emanuelle Araújo, Tainá Müller e Domingos Montagner em seu papel final no cinema.
Como se Tornar o Pior Aluno da Escola
Um besteirol bem brasileiro foi baseado no livro homônimo escrito pelo comediante stand-up e apresentador Danilo Gentili. Dirigido por Fabrício Bittar, roteirizado por Fabrício Bittar, Danilo Gentili e André Catarinacho, que estreou nos cinemas em 12 de outubro de 2017.
Dois estudantes têm dificuldades para cumprir todas as regras de uma escola que adota medidas politicamente corretas graças ao diretor Ademar (Carlos Villagrán, o Kiko do Chaves). Bernardo (Bruno Munhoz) e Pedro (Daniel Pimentel), tem que se dividir entre tirar boas notas, ter cuidar das obrigações escolares e ter bom comportamento. Pedro encontra um diário com dicas para instaurar o caos na escola sem ser notado.
O filme recebeu diversas críticas negativas após sua estreia, particularmente por causa das mensagens ofensivas e de algumas de suas piadas, umas consideradas politicamente incorretas, outras consideradas baixas, pouco criativas e de mau gosto (incluindo sátiras com excrementos, pedofilia, pessoas obesas e homossexuais), ou seja tudo que se espera de um besteirol.
Central do Brasil
Central do Brasil é um filme brasileiro de 1998 dirigido por Walter Salles, escrito por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein. Conta a história Dora (Fernanda Montenegro), uma amargurada ex-professora que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, que ditam o que querem contar às suas famílias. Ela embolsa o dinheiro sem sequer postar as cartas. Um dia, Josué (Vinícius de Oliveira), o filho de nove anos de idade de uma de suas clientes, acaba sozinho quando a mãe é morta em um acidente de ônibus. Ela reluta em cuidar do menino, mas se junta a ele em uma viagem pelo interior do Nordeste em busca do pai de Josué, que ele nunca conheceu.
Central do Brasil foi um sucesso no Brasil. Em seu primeiro final de semana de estreia, cerca de setenta mil pessoas assistiram a obra. Após sete meses de exibição, Central do Brasil chegou a um número de 1.300.000 espectadores, o que permitiu alcançar uma renda aproximada de sete milhões de reais. O filme tornou-se um marco na história cinematográfica do Brasil e foi responsável pela inserção do cinema nacional no circuito mundial. A obra foi indicada a importantes prêmios do cinema mundial como ao Oscar, BAFTA, César, Globo de Ouro, entre outros. Em 2018, a obra ganhou cópia restaurada em Resolução 4K, cujo intuito foi comemorar seu aniversário de vinte anos.