A gente vive numa época na qual se ver representado nas obras áudio visuais tem se tornado cada vez mais importante, visto que até pouco tempo atrás isso era algo muito distante da realidade para muitas pessoas. As mídias tradicionais, televisão e cinema, não costumavam retratar o mundo como de fato ele é, tirando de suas obras várias minorias. Mas por causa de uma nova geração de público que questiona as coisas como eram feitas antes e que não aceitam mais descriminações, estamos vendo uma crescente mudança nas obras áudio visuais apresentadas no mundo inteiro.
Tendo isso em vista, o Séries em Cena preparou essa lista mostrando algumas obras que arrasam quando o assunto é diversidade e representatividade. Trabalhos que mostram um mundo muito mais palpável, mesmo estando em gêneros mais fantasiosos como musicais ou até os super-dramas da Shonda Rhimes.
5 – How to Get Away With Murder (2014 – Hoje)
Acho que é justo falar que não é só How To Get Away With Murder que é representativa, e sim todas as séries produzidas pela Shonda Rhimes (Grey’s Anatomy, Scandal, The Catch) são representativas em sua propria forma. Mas para mim, How to Get Away With Murder é um show a parte.
A obra traz não apenas uma forte mulher protagonista, mas uma forte mulher protagonista negra, além de abertamente lutar contra os tabus falando sobre problemas reais e tendo personagens incríveis e que abraçam a diversidade, eu estou falando falando de personagens LGBTs, negros e latinos fora outros coadjuvantes. Ninguém esperaria menos vindo de Shonda Rhimes.
4 – This is Us (2016 – Hoje)
Com personagens “fora do padrão” para as séries americanas, This is Us apresenta personagens que realmente se parecem com aquelas pessoas que você interage todos os dias em casa, no trabalho, na faculdade. E essa talvez, além dos ótimos roteiros, seja uma das maiores proezas da série, pois ela te faz sentir na pele situações as quais inclusive você poderia estar passando.
3 – Sense8 (2015 – 2018)
Como uma série criada e dirigida por duas mulheres trans poderia não ser super representativa? As Irmãs Wachowski (Criadoras de Matrix e O Destino de Júpiter) são mestras em criar esses mundos imersivos, cheios de características interessantes e aqui em Sense8 não é diferente. Um mundo que apesar de ter elementos fantasiosos, é mais real do que muitas outras obras vistas por aí. Um primor de série que aborda assuntos que ainda são tabus no mundo de forma sensual e emocionante.
2 – Glee (2009 – 2015)
Sim, aquela série que todo mundo começa a cantar e dançar do nada está nessa lista. Essa série pode parecer só mais uma série adolescente bobinha, e que não tem mensagem nenhuma para passar, era o que eu achava também até o dia em que eu comecei a assistir.
Além de ter um elenco talentosíssimo (Lea Michele, Darren Criss, Chris Colfer, Melissa Benoist e etc.) , a série é referência no quesito representatividade, pois surpreendeu o público falando de assuntos que nenhuma outra série falava abertamente na época, nem mesmo as séries mais “maduras”, assuntos tais como gravidez na adolescência, sexualidade, racismo, acessibilidade para deficientes… E eu poderia continuar listando, mas acho que você já entendeu. Por esses, e outros motivos Glee é tão amada até hoje.
1 – The Fosters (2013 – 2018)
The Fosters é provavelmente a série mais inclusiva que eu já vi. Percebe-se logo quando o primeiro episódio começa pois temos aqui uma família com um casal formado por uma mulher negra e uma branca, dois filhos adotivos latinos e mais dois filhos adotivos do qual um está começando a questionar sua sexualidade.
Uma série brilhante, uma obra de arte comandada pela produtora executiva Jennifer Lopez, e que toca em assuntos muito delicados mas com toda a sensibilidade e seriedade dos quais eles precisam tratados. Eu diria que com certeza vale a pena ver pelo menos um episódio.