A Área Cultural é uma das principais atrações do Festival do Japão, pois se trata de um espaço em que é possível conhecer e aprender um pouco sobre diversas artes tradicionais japonesas.

Cada estande é destinado a uma arte específica, em que são expostos trabalhos produzidos pelos professores e colaboradores, e os visitantes são convidados a participarem de workshops e oficinas gratuitas, podendo levar as obras para casa. As atividades acontecem durante todo o dia, nos três dias de evento.

Conheça um pouco sobre as artes japonesas que compõem a Área Cultural do Festival do Japão!

Etegami, numa definição simples, pode ser traduzida como “cartões postais desenhados”. Mas além dos desenhos de observação acompanhados de uma breve mensagem, há uma forma de arte espontânea e sincera. O Etegami abraça a imperfeição como essência do caminho. Em São Paulo, os adeptos desta Arte reúnem-se na Associação Ishikawa Ken do Brasil e trazem uma exposição com obras especiais – e algumas inéditas – para o Festival do Japão.

Kirigami, a arte do “recorte de papéis”, é apresentado sob um aspecto diferenciado no Festival do Japão. Naomi Uezu, especialista da Arte, reúne, numa só obra, o recorte, as dobraduras e a engenharia dos livros pop-ups. Desenvolve, assim, figuras 3D que saltam do papel como se tomassem vida. As peças expostas no evento são criações exclusivas, sugerindo delicadeza e sofisticação em peças decorativas e acessórios.

Festival do Japão 2018 (Foto: Amana Salles)

Mangá. Quem nunca ouviu falar das histórias em quadrinhos japoneses? O professor Fabio Shin e sua Equipe levam este estilo de personagens de olhos grandes para as caricaturas, a arte “Nikayou”. Utilizando esta técnica, você pode participar de workshops de luz e sombra com lápis, de colorização e de finalização. Pela primeira vez no Festival do Japão, haverá avaliação de portfólio. Então, tragam suas ilustrações para apreciação.

Festival do Japão 2018 (Foto: Flavio Moraes)

Origami e o clássico Tsuru são representações reconhecidas da cultura japonesa. Nesta edição do Festival do Japão, uma das mais renomadas professoras desta Arte de Dobraduras no Brasil, Mari Kanegae, e sua equipe apresentam uma exposição com reproduções de peças de artistas de vários países. O objetivo é mostrar que o origami não tem fronteiras, é uma linguagem universal.

Orinuno é a arte das dobraduras em tecido. Sem corte e sem costura, a expert Thais Kato cria peças de uso pessoal, como carteiras, porta-moedas e diversos outros acessórios com a proposta deste novo olhar sobre o Origami: vestir a praticidade com poesias dobradas. No Festival do Japão, os workshops são uma experiência única neste contato com uma arte que reúne tradição e contemporaneidade.

Shodô é quando a disciplina e a precisão encontram-se na Arte. Esta prática da caligrafia japonesa apresenta tanto as regras da escrita (como a ordem das pinceladas) quanto a metáfora da vida (o “borrão” é visto como parte de uma totalidade). Esta filosofia é expressa entre pincéis de ponta fina e a tinta feita à base de carvão vegetal no exercício constante da harmonia entre a mente e corpo. Em São Paulo, os adeptos do Shodô reúnem-se na Associação Ibaraki Ken do Brasil e, durante o Festival do Japão, orientam os visitantes a escrever o próprio nome ou algum ideograma especial.

Festival do Japão 2018 (Foto: Amana Salles)

Sumiê, em sua tradição, é praticamente monocromático, utilizando a tinta sumi (à base de carvão vegetal) em todas as suas gradações possíveis, atingidas pela dissolução na água. O modo de segurar o pincel e o gesto de colocar a tinta no papel deve conter um delicado equilíbrio, rapidez e espontaneidade integrados à respiração, mente e corpo, sendo a simplicidade e essência as principais características. Durante o Festival do Japão, a professora Suely Shiba e seus alunos apresentam uma exposição com o tema Kyoto, cidade que foi a capital imperial do Japão por mais de mil anos.

Washi é um papel feito da maneira tradicional com fibras processadas manualmente da casca de gampi, kozo ou mitsumata. Este material milenar está registrado como patrimônio cultural intangível da UNESCO. A artista Cecília Suzuki traz para o Festival do Japão seu acervo com mais de 500 tipos de papel washi. Os visitantes podem experimentar os papéis em oficinas de origami (confecção de kusudama) e oshiê (confecção de quadro) que acontecem simultaneamente de hora em hora.